Sobre Nós...

Somos um grupo de alunas da Escola Secundária da Mealhada e encontramo - nos a realizar um trabalho no âmbito da Área de Projecto.


A Mealhada é uma cidade portuguesa, situada no limite Sul do Distrito de Aveiro, Região Centro e, desde de 2008 à sub-região do Baixo Mondego.É o principal centro urbano da sub-região vinícola da Bairrada.Com uma vertente turística intensa, assente nas Termas do Luso, Mata Nacional do Buçaco e na gastronomia, o Concelho possui diversas unidades hoteleiras e cerca de meia centena de restaurantes especializados em leitão assado à Bairrada, tendo também uma forte importância o pão e o vinho desta localidade. A par destas maravilhas a Mealhada é um local com grandes potencialidades a nível religioso.O Turismo Religioso é diferente de todos os outros segmentos de mercado de turismo, e que tem como causa fundamental a Fé. Está ligado verdadeiramente ao calendário e acontecimentos religiosos. O Concelho da Mealhada pode-lhe proporcionar uma estadia rica, diversificada e relaxante.



sexta-feira, 21 de maio de 2010

Freguesia da Pampilhosa


Igreja Paroquial de Pampilhosa

A igreja que hoje vemos não é a primitiva Capela/Igreja em que, no séc. XV, já Santa Marinha era a padroeira.
Sob o mesmo ponto de vista arquitectónico, não há nada no actual edifício que faça lembrar essa época, sendo de uma só nave (corredor central da Igreja), de tecto apainelado de madeira simples. A sua construção data do séc. XVIII.
Sabe-se pouco sobre esta Igreja, mas os documentos apontam para que no séc. XVII, além do altar da padroeira, tinha apenas dois altares laterais - Nossa Senhora do Rosário e o actual São José, que era então o Santíssimo.
Construiu-se neste mesmo século na Igreja uma Capela, antecessora do actual altar do Senhor d'Agonia.
A sua fundação deve-se ao Padre Francisco de Andrade, natural da Pampilhosa, que no seu testamento de 1 de Dezembro de 1976 a instituiu, mandando-a construir no "corpo da igreja deste lugar defronte da porta travessa," em pedra de Ançã, do tamanho da de Botão, com três sepulturas. Desejava que se pusessem aí três imagens, uma de Cristo Crucificado, uma de Nossa Senhora e outra de S. João Evangelista.
Nomeou 1ª administradora Ana de Andrade (irmã), que cumpriu a última vontade de seu irmão, construindo a capela.
Em 21 de Junho de 1688, por sua petição e do marido (Manuel Alves), o Bispo de Coimbra (D. João de Melo), com conhecimento que a obra/Capela cumpria todos os parâmetros necessários, concedeu licença para se realizar a missa, mandando o vigário da Vacariça benzer a Capela e dizer a 1ª missa.
Conhecemos os ornamentos desta Capela por parte de um inventário datado do século XVIII. Possuía um cálice, patena e colher de prato, etc.
Neste mesmo século viria a sofrer alterações , sendo construída uma outra capela (actual altar de Santo António). Pensa-se que foi Doutor Manuel da Lameira de Sta. Eufémia, que dotou a Capela como "retábulo novo, imagens e outras coisas".
Foi abolida no século XVIII por previsão régia de 21 de Abril de 1733.

História de Santa Marinha e suas 8 irmãs (padroeira)

Na época da ocupação romana da Península Ibérica, cerca do ano 120, na cidade de Braga, nasceu Sta.Marinha e suas 8 irmãs gémeas. Lúcio Caio Atílio Severo, governador da cidade e seu pai, e a dama Cálcia Lúcia, sua mãe, ambos de família ilustre, eram porém idólatras.
Quando o seu marido se encontrara ausente (na Corte), Cálcia Lúcia deu à luz 9 meninas gémeas, sentiu medo, e dominada pela superstição e preconceitos da época, temendo a indignição do marido, tentou desfazer-se das crianças.
Cita, sua criada que assistiu ao parto, encarregou-se de afogar as 9 meninas no rio que corre junto à cidade de Braga.Decidiu salvá-las e pela "calada", durante a noite, levou-as até St.Ovídeo , na altura Arcebispo de Braga, que as baptizou dando-lhes os nomes : Marinha, Quitéria, Eufémia, Genebra, Victória, Marciana, Brasília, Germana e Liberata.
Entregues pela criada a famílias cristãs, foram crescendo em perfeição e beleza, sob protecção do arcebispo.
Nessa época, fizeram-se perseguições terríveis contra os cristãos, mandando o Imperador que, sob pena de morte, abdicassem das suas crenças e idolatrassem os ídolos. O édito chegou às mãos do Governador que intimou os cristãos a virem à sua presença e, entre eles, Cita e as 9 irmãs. Ao serem interrogadas, responderam que a sua pátria era Braga e que nas suas veias percorria sangue da melhor nobreza, pois todas eram suas filhas e de Cálcia.
Contaram as eventualidades do seu nascimento e como "fugiram" à morte - salvas pela criada. Surpreso, mandou chamar Cálcia que não negou o ocorrido. Reconhecidas como filhas foram acarinhadas pelo palácio com promessas e cuidados, querendo que estas renegassem suas crenças e venerassem os ídolos.
Primeiramente, com palavras gentis, de seguida com intimações, nada as desviou e firmes na sua fé, rogavam a Deus que as inspirasse nas suas resoluções.
Conta a lenda que nessa noite apareceu um Anjo, que guiadas por uma luz, as fez sair do palácio sem que ninguém desse conta. Chegadas a certo sítio, combinaram separar-se, seguindo cada uma o seu caminho.
Sta. Marinha dirigiu-se para Galiza, servindo durante um tempo em casa de uma lavradeira de Armea. Perseguida por ser cristã, foi presa, açoutada e ainda rasgada com pentes de ferro. Presa na masmorra foi curada por um Anjo que ali apareceu.
Como não renegava à sua fé, queimaram-na com um ferro em brasa e presa pelos pés e mãos, deitaram-na a um tanque de água, de onde saiu milagrosamente livre, até que foi posta numa fornalha a arder , mas as chamas separaram e nem sequer lhe tocaram levemente. Como nada conseguiram, foi por fim degolada pelo carrasco.
Foi seu martírio em Águas Santas, perto de Armea-Galiza. Lá existe o santuário de Sta.Marinha, onde se pode observar o seu altar com o túmulo das suas relíquias.

Sem comentários:

Enviar um comentário